Este é um blog dedicado a biologia animal
blog criado por Paulo Aníbal G. Mesquita (Biólogo). Contatos:
@mail: pauloanibal@yahoo.com.br Twitter: @pauloanibal
fones: (11)996792160 (vivo) ou (11)948478886 (Tim)
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Abaixo, apresento dois tipos de aranhas no Brasil que exemplificam bem a grande variabilidade de aranhas no Brasil e que tamanho não significa ser mais venenosa! muito pelo contrário... Veja estes dois exemplos extremos: A maior Aranha do mundo esta na nossa região amazônica - a
blog criado por Paulo Aníbal G. Mesquita (Biólogo). Contatos:
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Abaixo, apresento dois tipos de aranhas no Brasil que exemplificam bem a grande variabilidade de aranhas no Brasil e que tamanho não significa ser mais venenosa! muito pelo contrário... Veja estes dois exemplos extremos: A maior Aranha do mundo esta na nossa região amazônica - a
THERAPHOSA BLONDI , que chega a mais de 30 cm, mas eu veneno não tem potencia. Porém, uma outra aranha bem menor - a ARANHA MARROM, do gênero Loxoceles
(menor q. 2 cm) é a que possui o veneno mais poderoso e fatal, podendo matar em casos extremos em apenas 6 horas.
Veja as descrições de cada uma delas abaixo:
THERAPHOSA BLONDI
A aranha-golias-comedora-de-pássaros,
também conhecida como aranha-golias
ou tarântula-golias,
é considerada o maior aracnídeo
do mundo, em massa corporal (na foto acima esta comendo um rato). Endêmica do norte da Amazônia
brasileira, é também encontrada na Guiana,
no Suriname e na
Venezuela. É
uma espécie de tarântula. É
bastante conhecida por criadores de aranhas, chamando-lhes a atenção
pelo seu tamanho (que chega a incríveis 30 cm ou até um pouco
mais). É uma espécie que só deve ser manipulada por pessoas com
experiência, pois apresenta um comportamento muito agressivo. É uma
das aranhas que possuem órgãos estriduladores, o que permite fazer
um barulho chiado quando ameaçada. Seus pelos abdominais são
extremamente urticantes e sua picada é muito dolorida devido ao
tamanho de suas quelíceras (podem passar de 2 cm de comprimento) Na foto abaixo .
Esses animais podem viver mais de dez anos.Comem normalmente insetos como
grilos, gafanhotos, baratas, mas podem comer pássaros, pequenos
roedores, lagartos, sapos, algumas cobras e também têm
comportamento canibalístico, podendo comer outras aranhas de sua
espécie.
ARANHA MARROM
(Loxosceles)
Aranha pouco agressiva, com hábitos
noturnos. Encontra-se em pilhas de tijolos, telhas, beira de
barrancos; nas residências, atrás de móveis, cortinas e
eventualmente nas roupas.
Ações do Veneno:
Parece que o componente mais importante é a enzima
esfingomielinase-D que por ação direta ou indireta, atua sobre os
constituintes das membranas das células, principalmente do endotélio
vascular e hemácias, ativando as cascatas do sistema complemento, da
coagulação e das plaquetas, desencadeando intenso processo
inflamatório no local da picada, acompanhado de obstrução de
pequenos vasos, edema, hemorragia e necrose focal. Nas formas mais
graves, acredita-se que a ativação desses sistemas leva a hemólise
intravascular. Abaixo, um exemplo de como pode ficar uma lesão no local a picada desta aranha;
Quadro Clínico: A
picada quase sempre é imperceptível e o quadro clínico se
apresenta sob duas formas:
Forma
Cutânea: 87 a 98% dos casos. Instalação lenta e
progressiva. Sintomas: dor, edema endurado e eritema no local da
picada, pouco valorizados pelo paciente. Acentuam-se nas primeiras 24
a 72 horas após o acidente, podendo ser:
- Lesão incaracterística: bolha de conteúdo seroso, edema, calor e rubor, com ou sem dor em queimação.
- Lesão sugestiva: enduração, bolha, equimose e dor em queimação.
- Lesão característica: dor em queimação, lesões hemorrágicas focais, mescladas com áreas pálidas de isquemia (placa marmórea) e necrose.
As picadas em tecido frouxo, como na
face, podem apresentar edema e eritema exuberantes. A lesão cutânea
pode evoluir para necrose seca (escara) em cerca de 7 a 12 dias, que,
ao se destacar em 3 a 4 semanas, deixa úlcera de difícil
cicatrização. As mais comuns alterações do estado
geral: astenia, febre nas primeiras 24 horas, cefaléia, exantema
morbiliforme, prurido generalizado, petéquias, mialgia, náuseas,
vômito, visão turva, diarréia, sonolência, obnubilação,
irritabilidade, coma.
Forma Cutâneo-Visceral
(hemolítica): 1 a 13% dos casos. Além do comprometimento
cutâneo, observam-se manifestações clínicas decorrentes da
hemólise intravascular como anemia, icterícia e hemoglobinúria,
que se instalam geralmente nas primeiras 24 horas. Petéquias e
equimoses, relacionadas à coagulação intravascular disseminada
(CIVD). Casos graves podem evoluir para insuficiência renal aguda,
que é a principal causa de óbito no loxoscelismo.
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